De nada vale uma medalha se você não aprende nada no caminho até ela.

Cada um tem a sua história e quando você está no meio de 27 mil pessoas você se sente pequeno e ao mesmo tempo grande dentro de você.

A vida não é dividida em momentos bons ou ruins o que determina para mim um nível de alegria e felicidade, são os momentos bons que contruimos, mas se você não criá-los, pode ter certeza que ninguém vai criar por você! Dividir grndes sonhos em pequenas metas, funciona e dá combustível para continuar. 

A verdade é que todos os dias podemos acordar e fazer do nosso dia aquilo que queremos. Compramos as brigas de quem amamos para tentarmos deixar tudo equilibrado e no fim do dia, todo mundo passa pelo o que tem que passar, você pode apoiar, julgar ou criticar, assim como outros farão com você. Mas jamais permita que alguém roube a sua paz e te diga quem você é, pode ser ou vai deixar de ser. A única pessoa que pode saber disso adivinha quem é? Você mesmo! 

O que a São Silvestre tem a ver com isso? 

Cada um sabe por onde passou para chegar onde está. Nessa fase de reconstrução interior, emocional e física (perdi 12 kg em 2012 - ps - ja ganhei de novo ahaha) - tive momentos altos e baixos, dias de treino que ia literalmente arrastada, dias que levantei, me troquei e não consegui botar o pé para fora de casa. "mas não é isso que você sempre quis?" Me perguntava todos os dias. Pois bem, sempre disse, desde as competições de Jiu Jitsu que de nada vale uma medalha se você não aprende nada no caminho até ela. 

E dar prioridade para um planejamento que eu mesma quis e só dependia de mim, me trouxe de volta a vontade daquilo que falei lá em cima - são os momentos bons que contruimos que nos traz alegria e felicidade! Eu queria e precisava começar a reconstruir esses momentos.

Cada quilômetro rodado, imaginava as coisas que não serviam mais ficar para trás, e daí que vem os posts no FB: "mais 10km para trás", "mais 5km para trás" e hoje, resumindo o ano, foram mais 700km para trás em 9 meses de treino que me levaram dos 3km aos trancos e barrancos em março aos 15km em dezembro, não no limite, não fácil, simplesmente perfeita. 

Nos treinos de subida, pensava "é melhor ser difícil hoje, do que no dia da prova". 

Dezembro foi o mês com mais km e ascensão acumulada... 

Nível de felicidade: 

Bom, se a vida é feita de momentos alegres que construímos, ela também é feita por pessoas que acreditam em você as vezes até mais do que você. Atitudes tão pequenas que te motivam, que muitos nem imaginam. Eu não tenho como colocar o nome de todos aqui, mas não posso deixar de citar meu treinador Zeca que teve paciência de aguentar até os meus dias quieta meio mal humorada no treino, meus novos amigos da Ztrack, que entraram na minha vida e cada dia se tornam mais família...eu amo vocês. 

Meus amigos  que não correm e ouviram tantos nãos para uma cerveja, uma balada, uma festa, meu muito obrigada...ano que vem vai ser pior...sorry, mas convido vocês prum treininho ahah. 

Aqueles que não entendem nada do que eu escrevi, ahahah, obrigada, minha vida tem algo além de corrida graças a vcs ahahah. 

Happy New Year :) vamos para meia-maratona! 

O ano não acabou, a vida segue mais forte do que nunca!

Pois é, eu pensei em escrever apenas amanhã, mas tenho tantos sentimentos bons que quis dividir isso com vocês. Amanhã é dia 31, último dia do ano e com tanta gente escrevendo que o ano acabou e desejando tudo de melhor, não pude deixar de me sentir incomodada pois o ano ainda não acabou, amanhã tenho uma meta importante para bater...apesar da grande festa, já tenho programado para 2014, muitas outras...! Então esse sentimento de fim que as pessoas pregam, não faz o menor sentido para mim, ja replanejei 2014 meses atrás, estou planejando 2015. Tudo isso que me traz uma vontade de viver como nunca vivi antes.

Os últimos dois anos foram de tanta reflexão e mudanças interiores valiosas que 2013 se tornou um dos melhores anos da minha vida e um dos mais difíceis, não pelas coisas que aconteceram, mas porque eu fiz questão de sair da minha zona de conforto em todos os sentidos e ver o resultado chegando não tem preço. Foi difícil e só eu sei o porquê. Amanhã pode parecer para maioria das pessoas, uma simples corrida ou treino de 15k, e na verdade, é o que é, mas ter um objetivo até o último dia do ano, muda a vida de alguém, pois vc percebe, que não existe último dia, existe apenas você e o que você procura, corre atrás e conquista! 

Boa prova a todos os corredores da São Silvestre. Boa prova aos meu companheiros de treino da Ztrack, obrigada a todos por cada quilômetro dividido! Ana Guandalini, obrigada pela força quando botei pilha no dia da Delta! Nos vemos lá! 

Um obrigada imensurável àqueles que me apoiam todos os dias. Até amanhã!

Ano Novo, metas novas? Comece AGORA!

 Passei a refletir sobre meu ano, minhas metas e como as pessoas lidam com o começo de projetos:

"Segunda eu começo aquele regime" - Normalmente depois de ir para a praia e se sentir um bujão de gás. 

"Semestre que vem começo aquele curso." - Sempre depois de ter passado alguma oportunidade que o conhecimento iria ser essencial para concretizar e se sentir um idiota porque outro o fez. 

"Não vou faltar no próximo treino", "Vou comprar aquele computador novo para me motivar e melhorar o meu trabalho.", "Vou terminar de ler aquele livro." e assim vai, com milhões de desculpas, adiamos tudo, deixamos de fazer as coisas por medo ou porque ainda não é o momento certo. Depois de julho então, tudo se transforma em "...ano que vem", no Brasil "ano que vem" significa depois do Carnaval. #ficaadica, daí teremos apenas 2/3 de ano. 

Onde quero chegar com tudo isso? Bom, vou tentar ser breve. No final de 2010 encontrei dentro do meu livro favorito ("O livro das virtudes.") um papel dizendo meus objetivos e metas para 2007. Nenhuma delas estava concluída. Ainda morava a bordo e trabalhava viajando. 

Logo no começo do ano, lá em 2011 comecei a replanejar tudo e coloquei metas claras para mim. Só não contava com alguns detalhes no meio do caminho, como mudança de cidade, de trabalho e de rotina de uma forma radical. E as metas de 2011 foram pro saco e de 2012 e de 2013. Agora, o mais impressionante  é que, desta vez, apesar das dificuldades e de ter atrasado alguns prazos (ou todos rs) nunca desisti, fiquei frustrada com a demora, com os obstáculos, com muitas pessoas, esperneei, chorei, briguei, demorei para aceitar um milhão de coisas, mas e daí? Resolvi seguir, dane-se que semana que era, quantos anos eu tinha e o dia 31 de dezembro.

Então para 2014 o que vai ser? Me preocupo como as pessoas que dividem suas metas em anos, dias da semana, datas festivas ou qualquer outra coisa. Metas são feitas para serem seguidas incansavelmente. Sem vergonha, sem se cobrar demais nem de menos e principalmente, com paciência. Se você já sabe que tem um, dois, três objetivos bem traçados, planeje, faça um projeto e comece a persegui-los ainda hoje, não segunda, não ano que vem, não qualquer dia que der vontade. 

Apenas faça o seu melhor, como falei no post anterior. 

Hoje escutei algo muito legal no treino de manhã: "Uma meta cumprida é apenas a passagem para próxima". E saiba que não, as metas nunca acabam, não adianta adiar, tanto faz na vida se é segunda-feira, porque evoluimos a todo instante. A mensagem afinal, é: Comece hoje. Agora. Não espere. Muitas coisas não tem hora certa, a hora certa vem junto com a coragem e a partir do primeiro passo, você vai se surpreender com o resultado e querer melhorar mais e mais, pois vai descobrir aquilo que você sempre duvidou, que você pode e só depende da sua atitude. 

Vai ser difícil, vão ter obstáculos, imprevistos, lágrimas e sorrisos. Mas nada vai se comparar ao seu sentimento no dia que você conseguir chegar na tal passagem para a próxima meta! 

A São Silvestre ser dia 31/12 é apenas mais um motivo para começar hoje e tentar, pois se passar...fica apenas para o ano que vem, e ano que vem, dia 31/12 já é quase 2015! 

Boa Noite! Let's do it! 

Karen Riecken é profissional de marketing esportivo. Foi sócia-diretora da Mistralis, morou a bordo do veleiro 5 anos ministrando cursos de vela oceânica, treinamentos corporativos a vela e motivação de tripulantes em regatas. Possui mais de 30 mil milhas náuticas navegadas entre Noronha e Buenos Aires. Hoje mora em São Paulo, trabalha no Grupo Gustavo Borges com gestão de piscinas e academias. Mantém o blog como forma de dividir experiências, vivências e fazer o que mais ama: ajudar os outros a se superarem na vida, nos treinos e como seres-humanos. 

riecken03@gmail.com

Você dá o seu máximo?

Esse último mês, para mim, foi um pouco complicado, foram muitas variáveis que fizeram eu me perguntar: Será que estou fazendo o máximo que posso? Se não, o que falta, o que é factível? Bom, para começar tivemos a mudança para o horário de verão. Para quem já acorda antes das 6am, vamos combinar que essa horinha mexe um pouco. A temperatura também subiu bastante e ando com insônia, efeito rebote de uma medicação. Alguns dias não consegui acordar de manhã, fui treinar a noite, o que trocou completamente meu horário, pois no fim do dia, demorava para a adrenalina baixar e dormia mal. Fora as viagens a trabalho, parece bobeira mas os efeitos do avião são nítidos. 

Faltava musculação que tanto demorei para começar. Faltava ir na nutricionista e adequar a alimentação aos volumes do treino e acima disso tudo, mais disciplina. Parece que quanto mais treino, menos tenho fome. Daí me perdi, admito, o que me levou a procurar a nuctricionista novamente e refazer todo o cardápio, o mais difícil vai ser segui-lo.

Há duas semanas tenho sentindo muito enjoo depois dos treinos e cheguei a conclusão que é o calor e estou comendo pouco para o atual volume de treino. Não é muito comparado a muitos atletas e colegas que treinam comigo, mas para mim, é algo novo...nunca treinei tanto...só segunda que tiro o dia, os outros variam musc / corrida. 

Será que me cobro demais? Bom, acho que não, mas também acredito que sempre podemos melhorar, somos pessoas obstinadas e que se cobram a todo momento tentando sair da zona de conforto, nunca acharemos que estamos dando o máximo. Mas sei que a cada dia, consigo perceber e melhorar algum detalhe. E cada detalhe que você corrigi, aparecem outros e outros e assim vai. 

Tento acertar o caminho o máximo que consigo e é por aí que eu vou. Não acho que estou dando meu máximo, mas sei que estou fazendo tudo oque posso para transformar tudo isso em concistência, porque não quero sair por aí tendo lesão ou me prejudicando daqui uns anos simplesmente porque não evoluo o tão rápido quanto gostaria. É óbvio que queria correr num pace melhor...quem não gostaria? No fim do dia, eu acabo competindo apenas comigo e meus fantasmas. O dos outros que ainda me  assombram, mato a cada treino e sei que uma hora eles vão embora...era assim no barco, é assim na vida, é assim nos meus dias maravilhosos correndo e treinando. Dar o seu máximo não significa falta de gentileza consigo mesmo. E posso dizer depois de tudo que escrevi, nesse mesmo mês, fiz meu tiro mais rápido de 1km....então, alguma coisa certa devo estar aprendendo. 

Boa noite 

Novos desafios, vida nova, tudo novo. Agora mais em terra do que nunca!Obrigada Ztrack.

Ficaria até estranho tirar o "veleirinho" do título do blog, por isso resolvi deixar assim e incluir o meu tênis e minha equipe! Mas preferi manter a minha história e mudar apenas o caminho! :)

Faz um tempo que não escrevo nada que faça realmente parte dos acontecimentos dos últimos quase 2 anos. Foi um tempo de adaptação em terra. Simplesmente não conseguia escrever. Me perguntam constantemente se sinto falta do barco e posso responder que sinto falta apenas do silêncio e sinceridade da vida no mar. Mas estar em terra abriu portas para muitas coisas que no barco não conseguia e desejava antes mesmo de ter vivido aquelas 30 mil milhas navegadas!
Hoje estou mais em terra do que nunca. 

O barulho que me acompanha agora e que tem literalmente me motivado a construir novos desafios é  o do tênis no asfalto, da respiração nos pulmões e do cheiro da mata ao redor no Ibirapuera e na USP. 

Viajando no mar, sempre treinei sozinha, o que aprendi foi lendo e estudando textos, conversando com atletas e treinadores que tive a sorte de cruzar. O treino para o triathlon em 2011 foi com a planilha da Runners. O que aprendi de bike e pedal foi com o Elmo Carvalho e os pedais nas paineiras, vista chinesa e outras trilhas pelo Rio. Resumindo, só subida e MTB, nada de speedy. Pouca corrida. 

Quando cheguei em SP, a primeira coisa que fiz após ter o mínimo de estabilidade  foi fazer o que sempre quis e nunca consegui, fazer parte de uma equipe de corrida, ter um treinador de verdade e pessoas que me motivassem,  algo que fosse além de todo o elitismo que hoje a corrida e o triathlon trazem, um lugar onde não fosse apenas mais uma de camiseta colorida e tênis caro correndo pela USP. O negócio aqui era muito mais profundo do que a moda que permeia o esporte hoje. 

Dei sorte! Acabei encontrando a Ztrack por indicação de um amigo e é lá que consigo quilômetro a quilômetro construir uma nova história desde março e fundamentar aos poucos novos objetivos. 

Então vamos lá, avaliação física, exames cardíacos e tudo mais depois, o primeiro treino de corrida acompanhada no final de março. 

O treinador: José Carlos Fernando, o Zeca. 

A turma: Ibira terça e quinta 6:30 da manhã e sábado na USP. 

Não daria para esquecer esses 8k do primeiro treino, foram 5k intervalados e o pessoal continuou e eu? Bom, para quem mal estava correndo 6k na época, logo de cara já se vê a motivação que traz um a boa equipe e um bom treinador, para terminar vieram as instruções do Zeca: "Mais uma volta de 3, mas quero que você vá no seu ritmo, pé ante pé, sem parar, devagar, o importante é terminar sem parar, ok?" 

Ok. E assim foi...e assim que é todo treino  ainda hoje, quando canso escuto exatamente essas palavras 8 meses depois do primeiro treino. São incontáveis os quilômetros que terminei por ter pessoas acreditando em mim no final. O que faz você acreditar em si mesmo, pois se em quem você confiou o seu sonho e a sua saúde confia em você, porque não simplesmente acreditar? 

Foram 5k direto, 6k, 8k na USP, 10k sem Biologia e chegou a temida subida que todos falavam tanto...10k com Biologia! 10+3k ! 10+6k....12k direto! 

Provas de 10k...e dia 31.12 - São Silvestre, 15k. Admito que poderia estar mais disciplinada e por isso esse post! Senti saudades de escrever de mostrar tudo o que tenho aprendido e comprovando que o maior desafio não é o nosso corpo, mas as peças que nossa mente prega! 

E assim vai....alguns dias mais difíceis que os outros, como de todos os corredores se superando a cada passo e o mais difícil a cada pensamento. Falo por mim...os treinos me ajudam a cada dia a superar mais a minha mente do que o meu corpo. Mas isso fica para outro post! 

O que quis demonstrar com tudo isso hoje é a gratidão por todos que treinam comigo, cada um com seus objetivos, dificuldades e superação. Um desejo de uma prova maravilhosa na Rock'n Roll Marathon em Las Vegas onde a galera está agora e que tive o privilégio de acompanhar de perto todo o trabalho e esforço nos treinos para a Maratona e Meia, os treinos longos, os posts de manhã do Odair que faziam eu levantar da cama para treinar. Os dias de chuva e frio que sempre encontrava o Zeca e o Jeff com um sorriso na cara no Ibira de manhã. A galera do desafio Pharmaton que estava sempre presente mostrando que para se superar...basta querer! Todos Ztrackers! Obrigada!

E obviamente o apoio do Zeca e o carinho que tem com todos seus alunos, profissionalismo e acima de tudo...aquilo que procurei lá no começo, algo que fosse além de uma moda e de um elitismo...paixão pelo esporte e pela superação. 

Obrigada Ztrack! E isso que só estamos começando! :)