sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Velejando sem vento....nem motor....

Uma frente fria estacionou em Porto Belo por esses dias. Muita chuva, frio e alguma rajada mas a maioria do tempo, nada de vento.
Estamos preparados para ir embora daqui até Florianópolis e ontem arrumando o barco para sair, ao levantarmos a vela, a poita se soltou.
Muita manobras perigosas foram feitas, pois estamos sem motor e nem sempre o vento ajuda, mas graças o trabalho em equipe e as manobras do Felipe conseguimos nos distanciar do conflomerado de traineiras e pesqueiros para sair da Ilha de Porto Belo.

A Ilha fica numa baía bem abrigada e a única saída, além de estreita, possui alguns pontos com muita maricultura, o que dificulta as manobras. Ficamos um tempo boiando, sem nada de vento, aproveitando apenas algumas rajadas.

Na saída, tivemos que ir até o Joe II pegar a Ariane, uma amiga que ia até Floripa com o Marcelo, mas que acabou tendo que vir conosco, pois aparentemente o Joe ia demorar muito para zarpar.

O Augusto foi a remos buscá-la, em quanto eu e o Felipe ficamos "velejando" até a saída...não tinha nada de vento até os dois chegarem próximo ao Mistralis. Como estamos sem motor, não podemos ficar parados muito tempo, pois temos que sempre manter uma velocidade mínima que nos possibilite manobras para desvio de embarcações, pedras ou qualquer outro obstáculo que vem na nossa frente.

O bote chegando no barco pegamos a bagagem, mas a rajada era muito forte e acabou desestabilizando o bote, derrubando a Ariane na água, que nadou de volta para o bote e log depois resgatamos ela e o Augusto.

Esse foi o começo da aventura.....

Pegamos vento contra no Boqueirão (saída da baía de Porto Belo) e tivemos que cambar algumas vezes, chegando há uma distância mais segura de lá, o vento acabou e fomos velejando por rajadas, até o momento que o Joe II chegou, isso já era umas 15h, a poita soltou umas 10h.

Vimos algumas baleias Francas pela praia, muito grande e faziam barulho respirando. Lembramos e soltamos o currico para tentar pegar alguma coisa. Quando o Marcelo chegou com o Joe II ele nos rebocou até a saída da Baía, que """prometia""" ter mais vendo e menos rondado. Aqui o vendo ronda excessivamente....pelo menos em quanto estivemos aqui, foram pouquíssimos os dias de vento constante.

Chegando em Bombas o vento acabou novamente e resolvemos voltar, pois o tempo se fechava e a medida que escurecia, tinhamos menos perspectivas de vento, apesar da frente fria.
Arribamos e levantamos o Gennaker para chegarmos mais rápido. Com algumas rajadas e essa vela, conseguimos chegar perto da Ilha de Porto Belo novamente, onde inacreditavelmente o vento rondou e tivemos que entrar no boqueirão com vento contra....assim como saímos.

A diferença é que já estava bem escuro, e precisávamos ver a maricultura, as pedras e as outras embarcações, pois essa baía é de pescadores e o movimento noturno é bem intenso.

Resumindo nossas manobras, depois de umas 12 cambadas conseguimos chegar próximo a nossa poita, com muita chuva e relâmpagos. O Felipe conseguiu manobrar o Mistralis com muita precisão e segurança, usando toda sua experiência para nos deixar seguros na Baía.

Vendo a poita há umas 10 metros de distância, ele soltou a âncora e freiamos o barco. Para maior segurança nossa e das embarcaçõs em volta, amarramos um cabo no bote. Eu e o Augusto que nunca velejou, mas se mostrou muito safo nas nossas manobras e seguro das coisas que estávamos fazendo, fomos remando até a bóia da poita.

Lá, amarramos o cabo à poita e voltamos para o Mistralis guiado por ele. Subimos no barco e principalmente o Felipe e o Augusto puxaram o Mistralis até a poita, mais de 18 toneladas em condições de chuva. Felizmente não tinha muito vento.

O Mistralis estava agora na poita e pudemos ir dormir tranquilos. Hoje de manhã recolhemos a âncora e o dia continuou sem nada de vento, o que confirmou que a decisão certa foi voltar e esperar agora o vento estrar com mais firmeza para irmos até Florianópolis....

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Florianópolis

Amanhã devemos ir até Florianópolis. Logo depois o Jose II, veleiro do Marcelo deverá nos encontrar pois ele chega mais rápido com o motor, considerando que nós vamos apenas a vela.
Esperamos pescar peixes maiores também e velejar um pouco! Estamos há algum tempo atracados aqui em Porto Belo e já estamos com sauddes do mar!

Espero conseguir logo carregar as fotos!

Pescaria.....

Vindo para o Sul, o currico arrebentou pois aparentemente pegamos um peixe muito grande! Ontem fomos a uma pequena loja de pesca em Porto Belo para comprar outra isca adequada para o alto mar.
Me empolguei e comprei uma isca natural para passar o tempo pescando na Baia de Porto Belo. Camaroezinhos meio nojentos rs.....
Preparamos as linhas e os anzóis....também tentei usar umas iscas artificiais que tinha mas não deu nada certo!!! rs.... Porém com as iscas naturais pescamos alguns peixes pequenos que vão servir para economizarmos umas latas de sardinhas!
Pescamos 2 cocorocas, 2 peixes sabonete e um bagre.
Um dos peixes sabonete devolvemos pois era muito pequeno! O bagre estava com uma espécie de bicho grudado nele e devolvemos pois não sabiamos o que era!

Os filés estão no barco nos aguardando!!!! Falta mesmo pegar um peixe grande para assar no nosso forno!

Porém passou o tempo e o Augusto ficou com a tarefa mais difícil....limpar os peixes!

Ilha de Porto Belo.....fantasma

Ontem chegou o Augusto. Um oceanógrafo muito divertido que passará uns dias conosco velejando e vivenciando nosso dia a dia a bordo.
Como ele chegou ontem, hoje resolvemos ir até a Ilha de Porto Belo.
Estamos na poita, bem entre a Ilha e a Praia.... e depois de dias aqui, tomamos vergonha na cara de fomos até a pequena ilha que parece ser apenas habitada por pescadores, marisqueiros, etc, mas também que tem uma estrutura para a visitação turística: Museu, restaurantes, trilhas, etc...
Essa época do ano, a cidade fica muito vazia e o comércio aqui parece funcionar quando quer. Eles abrem tarde, fecham no almoço e eventualmente abrem depois. Não podia ser diferente com a ilha. Chegamos lá remando: Felipe, Augusto e eu..., o dia está muito humido pois chouve MUITO a noite, com direito a relampagos e trovões...que iluminavam o interior do barco pelas vigias...
Depois da tempestade, vem a calmaria e o dia ficou sem vento nenhum e encoberto.

A ilha estava totalmente vazia....com duas mulheres arrumando o bar que estava fechado, e andamos por onde conseguimos. A trilha estava fechada, assim como o museu....Pedimos que abrisse o portão da trilha e a moça gentilemente abriu!

Uma super trilha de 1200m rs.....com um mirante bonito ao alto... e alguns pontos interessantes, além de alguns obstáculos derrubados pela chuva.

Quando finalizamos a trilha ficamos num pier conversando e tirando algumas fotos....logo voltamos remando para o barco novamente com uma nova missão... PESCAR !!!!

A falta de fotos

Infelizmente não tenho conseguido carregar as fotos da viagem por conta da conexão lenta ou porque temos vindo a uma lan house o que torna a coisas mais complicadas rs...
Fico imaginando se isso interessa sem as fotos, mas prometo que a medida q conseguir vou carregando.
Continuarei a escrever para não perder o fio da meada, como diria a minha avó!

Bons Ventos !!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Arpége

Esse Blog começou com o propósito de relembrar um barco de 30 pés chamado Charlie Bravo - um Arpege. Como não poderia faltar, no estaleiro onde auxiliamos na reforma do Joe II encontramos um vermelho onde consegui tirar algumas fotos. Aparentemente o barquinho não foi muito modificado e foi muito bacana tirar essas fotos e relembrar o Charlie Bravo que foi o veleiro do meu pai.

Assim que conseguir publicarei as fotos....tanto do Arpege, quanto do Joe II que deve nos acompanhar na próxima jornada até FLN e de volta ao Rio de Janeiro.
Ontem fomos até Jaraguá do Sul, uma cidade que fica mais ou menos 1h e meia de Porto Belo de carro....e 3h de ônibus. Fomos até la montar a exposição de fotos da Expedição Mistralis - Velejando e Conscientizando 2005 e ter algumas reuniões com um dos parceiros - a Weg.

Além disso, temos nos ocupado também auxiliando o Marcelo, nosso amigo que tem nos recebido maravilhosamente bem aqui em Santa Catarina, a reformar o barco dele - Joe II. Estamos programando uma ida até Ibituba, onde poderemos ver as baleias Francas e depois pretendemos passar por Florianópolis.

Para conseguirmos fazer tudo isso com segurança pensamos em fazer a viagem em dupla - Joe II e Mistralis. Logo depois subiremos para Ilhabela e retornaremos ao Rio. Esse é o pré plano e estamos planejando essas novas pernas .

No final de semana fomos velejar de Mistralis com o Marcelo como guia e paramos com uma manobra incrível sem motor em um dos bares flutuantes numa pequena baía aqui perto que se chama Caixa D`aço. Infelizmente não tenho conseguido carregar muitas fotos, o que tem me deixado chateada, mas assim que possível vou colocar fotos.

Aqui tem muitas praias lindas e essa época do ano é praticamente vazio, então a natureza se destava ainda mais. A comida também é muito boa, estamos aproveitando os restaurantes com sistema de rodízio que tem um preço muito barato comparado às grandes cidades. O rodizio de churrasco com tudo custou 10,90 por pessoa e o de Pizza e Sopa, 12 reais.

Dentro no barco e no dia a dia tenho refletido muito sobre a diferença de qualidade de vida entre SP, RJ e essas cidades menores. Cheguei a conclusão que não é aqui que é pequeno, mesmo pq as cidades aqui não são tão pequenas assim. Mas que São Paulo é grande demais e toda a atenção voltada para "grandes"coisas da vida moderna e coorporativa acabam escondendo as verdadeiras pessoas.....

Aqui temos dado valor às pequenas coisas....que são muito mais legítimas do que as que percebemos nas grandes cidades... seja um banho quente ou a necessidade de almoçar para manter as forças no trabalho seja do barco ou do dia em que não contamos com toda a infra de uma cidade com o Rio, por exemplo.

Tudo tem trazido ótimas experiências e novidades....que continue assim..... Bons Ventos

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Vida a bordo

O interessante que todo mundo pergunta e fica curioso e sobre a vida a bordo.
O Mistralis e um veleiro muito confortavel, apesar de nao termos agua quente a bordo e estarmos economizando muita agua doce, mesmo com um tanque de mil litros de agua e mais galoes e garrafas que levamos.
A comida e de bordo, muito enlatado, macarrao e arroz. Para comermos algo diferente so indo para terra ou inventando moda, como eu fiz ontem e resolvi fazer arroz doce.
Procurei a receita na internet e nao tinha 3 ingredientes dos 6 da receita, mas vamos la. Ate que ficou gostoso e diferente do que estamos acostumados a comer.

A internet e muito lenta a bordo e esses dias o tempo ficou meio fechado e nao conseguimos carregar as baterias direito com os paineis solares, portante - ECONOMIA total de energia para termos bateria para o basico......lampada.

Banho? Sim....so de agua salgada com direito a 1L de agua doce para enxaguar....e GELADA. Aqui tem feito cerca de 18C meio dia.....a noite bem fria.

Ainda bem que temos um amigo aqui perto e ele gentilmente nos recebeu em sua casa...com banho e ate tanque de lavar roupa.....mais perfeito impossivel.

O dia a dia e bem diferente, pois somos literalmente regrados pela luz do sol. Quando chega o por do sol, o sono vem...e acordamos no nascer do sol - 6:30am mais ou menos....

Nossos vizinhos sao pescadores, eles saem para pecar la pelas 18h, quando conseguimos ouvir os motores das traineiras ligados e volta uma 8 da manha.

Fatos engracados da vida a bordo:

- Nunca sentimos tanta falta de panela de pressao.....feijao nao cozinha sem ela....
- Acreditem....a pessoa que inventou o chuveiro de agua quente e a descarga eh um genio.....
- Nada como cozinhar num fogao parado....
- Agua doce e privilegio de poucos....
E assim vai a lista ......

Chegando em Porto Belo, SC

Um dia antes de chegarmos a Porto Belo, SC vimos alguns golfinhos por poucos segundo. Eles estavam indo para o outro lado.
A ansiedade de chegar logo em terra era grande. O vento ajudou ate vermos terra. Quando amanheceu e conseguimos ver Porto Belo, o vento acabou e ficamos das 5 da manha as 15 da tarde ate o momento que pegamos a poita e ficamos "ancorados" entre a Ilha de Porto Belo e a praia.




Nesses dias em Santa Catarina temos alguns projetos para dar continuidade:
- Exposicao de Fotos no Museu WEG - http://www.museuweg.com.br/
- Reunioes e desenvolvimento de motor com a Weg, um dos nossos patrocinadores e apoiadores na reforma e no Projeto Mistralis.

Todos os esforcos estao centrados nessas parcerias e desenvolvimentos que ajudarao a continuidade do projeto.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Próxima Parada

Se não fosse pelo enjôo nos primeiros dias de viagem, a falta de sinal e a economia das baterias até teria escrito mais, mas vamos lá!
Com a correria da saída, não é nem que não dá tempo de escrever, mtas vezes passamos o dias pensando e fazendo as coisas do barco e uma pausa é sempre bem vinda.
Saimos do RJ às 14h do dia 20 de agosto e paramos em Porto Belo, SC no dia 25 de agosto às 15h.




Foram seis dias completos no mar. Cinco deles vendo só água, sem um sinal de terra. Nossa companhia na hora do turno no leme, em quanto o restante da tripulação dormia ou fazia qualquer outra tarefa como cozinhar (Felipe - cpt e a Deborah - Oceanógrafa) eram os Atobás, Gaivotas e pássaros passeando a 260 MN (milhas náuticas) da costa, o que equivale aproximadamente 482 km de distância.

sábado, 19 de julho de 2008

Preparativos

Bom, vamos lá. Pena ainda não ter as fotos aqui. Temos tido muito trabalho organizando detalhes da viagem. Algumas coisas ainda faltam, mas pretendemos sair daqui na terça-feira, dia 22 de julho. Já atrasados, porém ainda dependemos da entrega da velas e outra pequenas pendências.

temos alguns detalhes ténicos para terminar no barco. Coisas de iluminação e parte elétrica. Porém o restante parece ok. Checamos os cabos e aguardamos uns novos do patrocinador, porém não devem chegar a tempo. Mesmo assim o antigos parecem estar bons para a viagem.

A parte de conforto de decoração, que não íamos fazer, acabou dando certo e conseguimos fazer o estofamento do barco e arrumar outros pequenos detalhes, que servem mais para bem-estar mesmo.

Fomos às compras em dois mercados atacadistas.....bem cansativo, sem contar as inúmeras vezes que fomos ao centro para comprar de tecido de decoração, até fios para parte elétrica e peças diversas.....

A rotina tem sido trabalhosa, mas as coisas parecem andar....não tem dado muito tempo de pensar em outras coisas. Agora temos também mais um tripulante, o que vai ser importante para o turno.

O GPS da Garmin ainda está dando pau e precisamos resolver isso logo.....até semana que vem a rotina vai ser a mesma...

Faxina, arrumação, manutenção, compras e etc.......agora é aguardar as velas.......


Bons ventos

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Velejando....e viajando de verdade


Depois de sabe lá Deus quatos meses de reforma...ah é, como dá para esquecer...do meu lado chegam há quase 9 meses....do Felipe 30 meses...
Depois de finalizar a pintura e parte estrutural, lá estava o Mistralis na poita, fizemos churrasco...mas olhar para a Baía e ver o vento...um ou outro barco que passava do nosso lado e a gente só olhando...que vontade de soltar a poita!





Não deu outra, um dia lindo, sol, vento constante, podia ser mais perfeito? Sim, se pudessemos ir não tivessemos que voltar. Depois de pssar todo esse tempo dentro de um barco que eu nunca tinha tido o prazer de velejar, carregamos as velas de volta pro barco, arrumamos o estaiamento de proa......vamos sair só de genoa para testar a nova quilha....o novo...TUDO....!



Depois de içar a vela, na hora de soltar a poita...acho que depois de tanto tempo, não tinha como não ser um momento tenso. Só escrevendo aqui agora que me conscientizei que fui a primeira a soltar a poita da primeira velejada do Mistralis depois da reforma. Honra maior que essa...? Impossível....
Caçamos a vela e lá fomos nós....até subi no mastro para amarrar um peça na cruzeta! Não sei porque, mas uma das coisas que mais me agradam num barco velejando é som das ondas batendo na proa.....que você sente o casco rasgando ela, como se nada pudesse impedi-lo de passar pelas águas e ao mesmo tempo o casco volta a superfício pelo empuxo. É como se nada pudesse impedir as águas de mantê-lo naquele lugar seguro.... INEXPLICÁVEL..........




Mas dessa vez tivemos que voltar....e foi como se não fosse certo voltar! Estranha sensação.... mesmo com o interior ainda em reforma, fazer esse passeio de 1h, com a lua cheia nascendo atrás do pão de açúcar....e o pôr do sol atrás do cristo.......o que estamos fazendo aqui?!


Foi o gostinho na boca seca.....que faltava para decidirmos....vamos velejar....mas dessa vez de verdade.....vamos até o Sul da Bahia

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Um desejo


Realmente parei de escrever. Postei alguns tópicos em comunidades no orkut, porém não encontrei muitas coisas sobre o Charlie Bravo.
O livro que ganhei do Capitão Jorge Vidal é muito interessante, com histórias de pessoas, aventuras e velejadas que sempre enriquecem a imaginação de qualquer um.
No momento realmente não tenho conseguido me dedicar a busca do Charlie Bravo.
Ainda mais agora...muito trabalho e muita dedicação a outros projetos que me fazem crescer e realizar sonhos de menina.


O Charlie Bravo sempre será um desejo enorme e quem sabe o encontrarei um dia. Continuarei procurando e no fundo, acredito que tive que me reencontrar nesses dias. O Charlie Bravo é como se fosse a materialização de muitas coisas que gostaria de reviver com o meu pai.
Talvez ele fique mesmo só na memória.....nas fotos e histórias. Algumas que gostaria de ouvir de novo.


O mais importante é que esse pequeno veleiro de 30 pés me trouxe uma paixão gigante pelo mar, pelo mundo, pelas viagens....Me trouxe a oportunidade de QUERER alguma coisa maior que apenas algumas velejadas na represa.


Há algum tempo tenho me dedicado a um lindo projeto a bordo de um veleiro, pela costa brasileira. Também venho "gastando" meu tempo e energia, nem sempre física, mas emocional, na reforma desse veleiro chamado Mistralis. Acredito que será ele que vai me levar de verdade para o mar..., para conhecer tudo o que sempre quis, que vai muito além de praias bonitas, tempestades geladas ou uma simples viagem.....mas o espírito de aventura, de liberdade e natureza que sempre me chamou, dessa vez parece gritar mais alto!

Chegou o momento de largar a terra firme e enfrentar DE VERDADE......novas e verdadeiras aventuras, não no sentido pequeno da palavra.....mas amplo, aventura de VIDA, de amor e paixão por um ideal que sempre esteve plantado no meu coração.......que venha o vento....e tudo mais que ele possa trazer junto.......



terça-feira, 4 de março de 2008

Ah que surpresa boa tive um dia desses.
A procura do Arpège, nada melhor que digitar "Charlie Bravo" no google (risos)

Mais e mais conversas com amigos navegadores...descobri que o Arpège é uma "reliquia". Pelo menos para mim! Bem coisa do meu pai comprar um dos melhores barcos da época.

Enfim, vamos aos fatos. Encontrei Jorge Vidal, que foi dono de um Arpège, chamado.....Arpège e importado junto com o Charlie (para os íntimos). Jorge escreveu um livro com suas histórias de capitão e navegador. Histórias cativantes e bem escritas com a paixão que nos move pelo mar.

No livro ele conta histórias sobre a vela em Porto Alegre...e que histórias. Dentre elas a importação desse barquinho. Muita gentiliza dele me mandar o livro com uma dedicatória linda. Fiquei emocionada ao ler o capítulo da importação.
Para quem quer conhecer, os convido a ler "Conta todas vovô" - http://www.popa.com.br/docs/cronicas/conta-todas-vovo/

E quantas idéias não podem surgir disso? A vontade de voltar para o mar ou de ir, nunca morei no mar, mas me sinto como se tivesse voltado de lá. Apesar de enjoar fácil rs. A vontade de apenas trabalhar com isso e ver a importância que foi meu pai ter feito um álbum desse querido barco. Encontrei os negativos e vou colocar mais fotos aqui!

Muita paixão voltou para minha vida depois disso! As vezes precisamos perder as coisas para darmos seu devido valor ou encontrar coisas novas que podem nos trazer ainda mais paixão e alegria!

Segundo Jorge Vidal, o barco pode estar no Charitas em niterói. Estou a procura de alguém que possa me ajudar!

Que o rei Netuno nos guie e nos proporcione bons ventos nessa busca!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Quem é o Charlie Bravo?

Charlie Bravo I é "O Veleirinho", um Arpège de 30 pés que foi importado em 1972 e levado para o Rio de Janeiro.
Desde as minhas idas e vindas do Rio, tenho visto alguns Arpèges e resolvi que quero encontrar o Charlie Bravo...será que ele ainda existe?
Estou a caça e tenho encontrado pessoas com barcos da mesma época bem conservados e pessoas que fizeram parte dessa importação!








O Arpège foi projetado por Michael Dufour em 1966.
Foi seu primeiro projeto feito para uma produção em grande escala.

Algumas de suas características garantiram o sucesso do modelo e ganhou reputação após ter vencido a “Half Ton Cup”. Além disso, sua boca mais larga que a maioria dos projetos da época (3,02m), tornou o Arpège um barco espaçoso e confortável interiormente. Podendo dormir até 4 adultos e duas crianças.